25 maio 2006

Truque


A sorte nos parentescos como factor de admissão no exército
Um jovem escreveu a seguinte carta para o militar responsável pela dispensa do serviço militar:
Venho por intermédio desta pedir a minha dispensa do serviço militar. A razão para isto é bastante complexa e tentarei explicar em detalhes.
Meu pai e eu moramos juntos e possuímos um rádio e uma televisão. Meu pai é viúvo e eu solteiro. No andar de baixo, moram uma viúva e sua filha, ambas muito bonitas e sem rádio e nem televisão. O rádio e a televisão fizeram com que nossas famílias ficassem mais próximas. Eu me apaixonei pela viúva e casei Com ela. Meu pai se apaixonou pela filha e também se casou com esta. Neste momento, começou a confusão. A filha da minha esposa, a qual casou com o meu pai, agora a minha madrasta. Ao mesmo tempo, porque eu casei com a mãe, a filha dela também é minha filha (enteada). Além disso, meu pai se tornou o genro da minha esposa,que por sua vez é sua sogra. A minha esposa ganhou recentemente um filho,que é irmão da minha madrasta.
Portanto, a minha madrasta também é a avó do meu filho, além de ser seu irmão.
A jovem esposa do meu pai é minha mãe (madrasta), e o seu filho ficou sendo o meu irmão.
Meu filho é então o tio do meu neto, porque o meu filho é irmão de minha filha (enteada). Eu sou, como marido de sua avó, seu avô. Portanto sou o avô de meu irmão. Mas como o avô do meu irmão também é o meu avô,conclui-se que eu sou o avô de mim mesmo !!! Portanto, Senhor Oficial, eu peço dispensa do serviço militar baseado no fato de que a Lei não permite que avô, pai e filho sirvam ao mesmo tempo. Se o Senhor tiver qualquer dúvida releia o texto várias vezes (ou tente desenhar um gráfico) para constatar que o meu argumento realmente é verdadeiro e correto.
Ass: Avô, pai e filho

24 maio 2006

Pois é minhas amigas...

... para provar que ainda sou "muito nova", vou contar-vos a minha nova odisseia:

Fui ontem a uma consulta de urgência, porque na 2ª feira apareceu-me um glândulo inchado por baixo do ouvido esquerdo, e como me doía só de tocar, resolvi ir averiguar a conselho da minha mana pois podia ser uma infecção qualquer... e é mesmo, foi-me diagnosticado uma doença que eu já tive quando tinha 6 anos, e na altura doía como o caraças e pensando que nunca mais a apanhava, pelos vistos não é bem assim. Foi-me explicado pela médica que o vírus sofreu uma nova mutação, ou seja quando eu pensava que tal já não existia, pois o meu filho até hoje ainda não teve (e não me importava nada que tivesse), nem os meus sobrinhos, ou filhos de amigos mais próximos tiveram, eis que surge novamente: estou com PAPEIRA!

Estou desde hoje e até domingo em casa para não contagiar ninguém. Por cá parece que fui a única a apanhar a dita cuja, pois o período de contágio foi há 2 semanas. Não me doí tanto como quando era pequena e só tenho o lado esquerdo da cara inchado, desta vez deve de ser a versão soft. Afinal parece que ainda sou muito nova (hehe).

Beijos para todas e cuidado...pois ele anda por aí!!!

23 maio 2006

Muitos parabéns

Faz hoje anos a nossa querida "patroinha". Não vou dizer quantos, pois os interessados já sabem quantos são, mas que contes muitos mais, com saúde que é o principal. Um dia muito feliz. Parabéns Letícia.

19 maio 2006

A concorrência tem Fredericos...

Mas para sermos diferentes, temos um Guilherme, que por sinal tem bastantes fugas de gás. (hehe)
Foto: tirada na 1ª ida á praia

18 maio 2006

Tourada à Portuguesa

Algumas considerações antes de irmos à ementa:
-Eu sei que prometi notícias do HEM e mais dos seus utentes que às vezes parece que são contratados pela estação da 4 para entreterem os outros utentes com histórias de vida, mas não. Nem são contratados nem há mais notícias do HEM.
-Embora este blog não tenha contador de visitas (atenção administrador!!!) podemos constatar que não tem merecido a perda de tempo para qualquer tipo de comentários (para pior já basta assim...) por parte de quem o visita. Estou até desconfiada que viemos mesmo ofuscar o blog da concorrência:) por isso é que já nem eles comentam para não darem parte de fracos.
-Vou continuar a fazer um esforço para de vez em quando postar qualquer coisinha mais não seja para fazer um exercício criativo de escrita. Lembrei-me a propósito que em vésperas do meu casamento encontrei a minha professora da primária por quem eu tinha uma admiração muito grande. Era alta, bonita, casada com um chinês e tinha dois filhos. Os olhos orientais em conjugação com os lábios carnudos davam-lhe um ar deslumbrante. Era na altura, o meu modelo. (Altura tem a ver com tempo, não estatura). Como o destino veio a provar, os meus desejos não se realizaram. Da minha professora só herdei mesmo os "olhos em bico" com que fico ao ouvir as barbaridades dos meus alunos e nem no sexo das crias a consegui imitar.
Mas estava eu a dizer que a encontrei nas vésperas do meu casamento, que já aconteceu há 18 anos e já desaconteceu há 11, e naturalmente perguntou-me o que estava eu a fazer profissionalmente. Orgulhosa disse que era professora e de quê. Desorgulhei-me logo pela cara que fez. E disse-me: "...que pena, escrevias tão bem." (Já a minha tia quando soube que ia para Educação Física também comentou: "...então, eras tão esperta!..."). Não estou nada convencida que escreva bem, mas isto de ter boa vontade, ajuda!

Vamos agora à Tourada à Portuguesa.
Como já devem ter visto na concorrência (eu sei que sim mas ainda não li para não ser acusada de plágio) ontem fui à inauguração do Campo Pequeno mais o meu Carlitos (se calhar não sabiam que eu tinha ido com ele). O aviso foi dado uma hora e meia antes do encontro. O convite indicava para os homens, traje preto. Como sabem a filosofia do meu acompanhante passa muito por “… mais vale barrarem-me a entrada a ir desconfortável…” O costume. Esta filosofia adapta-se a tudo, até aos melhores amigos. A indumentária masculina foi a do último casamento (não o dele) no qual até o noivo ia à vontade. Por isso podem calcular, de preto talvez a roupa interior porque os trajes que existem cá em casa são de todas as cores, mas não pretos. Na esperança de salvar uma vergonha, lá me arranjei o melhor que pude e vesti a minha bela calcita e o belo sapatito (dos casamentos) que são pretos (não os casamentos, as calças e os sapatos). Diz a minha filha que ia gira (não as eduquem não…)
Passadeira vermelha, o jet-set, as manas gémeas que não conseguem esconder as influências equídeas, a gaga Bone mais conhecida pela Bobone que a ver pelo trapito que lhe cobria o tronco deve ter sido convidada em cima da hora e sacado do cortinado. Enfim, um sem fim de celebridades.
Das comezainas e bebezainas relembramos o Champagne, o sumo de laranja, pães com queijo ou fiambre, melão com presunto e umas bandarilhas de morangos para molhar em chocolate quente. Aliás, como devem calcular este é o tipo mais aconselhável de petisco para quem pretende dar alguma cor às indumentárias mais discretas.
As onze partes de que constava o espectáculo faziam duvidar que a promessa de experimentar o menu de terça-feira na Portugália se concretizasse. A temperatura, uma brasa. A localização, a mais afastada do solo.
Quanto ao espectáculo, gostei: tambores, tourada, fados, flamengo, sevilhanas, danças, muito vermelho, muito preto, passagem de modelos para apresentação da nova linha bovina Outono/Inverno, Bandas e para terminar um fogo de artifício que foi tão breve quanto o salto que o meu vizinho deu na cadeira. Agora, tourada mesmo à Portuguesa, foi terem barrado a entrada à distinta que não apresentou convite e à corrida do director artístico do espectáculo que provocado pela ovação do público resolveu correr desenfreadamente em redor da arena qual peão de brega a fugir da bicha. Pois.
A fome não justificava o desvio e por isso fomos, como também é habitual, comprar duas pitas, ao pé do Pitta, e 1,5 l de sumol de laranja. Belo repasto às 2 da manhã.
E agora duvido que alguém tenha tido coragem para ler um post deste tamanho.
Vou é ver o da concorrência que deve ser mais pequeno.
(Foto gentilmente cedida pelo N6600)

11 maio 2006

Grande jogo!

Passado 2 horas 43 minutos o resultado ainda era 0 - 0

04 maio 2006

HEM

As minhas idas ao Hospital Egas Moniz têm alternado entre proveito próprio e do meu progenitor que anda às voltas com uma glândula do aparelho reprodutor masculino, localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra na sua parte inicial, mais vulgarmente chamada de próstata.
Hoje fizemos uma visita à UCA. Para quem não sabe a uca é a Unidade de Cirúrgia Ambulatório.
Foi para lá que nos dirigimos à hora marcada, 14h. para fazer uma consulta de anestesia. Estavam 5 pessoas para o mesmo fim. O meu pai deveria ter sido o segundo a ser atendido não fosse ter aparecido uma senhora quase a "entrar nos 40", deficiente, acompanhada pela avó duas irmãs e uma sobrinha, com uma tigela forrada por plástico colável estampado cheia de farelo o qual remexia sem parar. O parentesco das irmãs foi tirado pelas parecenças fisionómicas. Para melhor.
A sala de espera, pequena, obrigava qualquer utente a ouvir a história da vida da deficiente que o é, por ter o “…cérebro mirrado”. A avó, vestida de preto provavelmente a denunciar uma viuvez, não pesava mais de 40 kg. Dizia uma das filhas acerca das dificuldades da vida, que a mãe tinha tido 11 filhos, mas que “…felizmente agora só eram 9”. E eu, ali, sem poder partilhar a minha curiosidade sobre o afortunado destino da maternidade da senhora, tive de continuar a tomar atenção à história da vida daquele clã.
A minha visão periférica que por deformação profissional está bem treinada, permitia-me saber que o senhor robusto de canadianas (não era o Pitta) sentado do meu lado direito, de vez em quando me dirigia o olhar. Se os olhares se tivessem cruzado seria provavelmente só para ele levantar os ombros e as sobrancelhas em simultâneo, gesto tão comum quando queremos dizer “…o que é que a gente há-de fazer”, mas não podemos falar. Mas nem toda a gente é como eu, que ouço, caladinha (tenho dias).
Outra utente, que esperava que o filho “…saísse da anestesia” puxou pela língua das familiares, que agora só eram três na sala. Claro que não foi difícil pô-las a falar da desgraçada da rapariga. Azar o meu.
Fiquei a saber, sem necessidade nenhuma que ela “…caga-se e mija-se toda” que tem umas “…maminhas muito bem feitinhas” e que “…é muito inteligente porque quando alguém manda um objecto para o telhado da casa, que é baixinho, ela vai logo buscar uma vassoura para o tirar”.
Não sei se o meu pai estava distraído ou não, mas não arrisquei olhar para ele. Claro que quem está quase duas horas e meia à espera, sujeita-se a ouvir o que quer e o que não quer, sem possibilidade de mudar de canal.
No outro dia tive mais sorte à porta do serviço de radiologia. O senhor que se encontrava sentado do meu lado direito (outra vez) quando ouviu chamarem a Sra. Maria da Graça Arroz para a sala 2 de Radiologia, comentou para a mulher: “…olha esta entra arroz mas vai sair de lá feita em massa”. A própria ao passar, olhou para trás e sorriu.
Estou curiosa por saber o que me vai acontecer na sala de espera da UCA no próximo dia 10.
Com ouvidos de tísica...
Imagem: reprodução de acrílico de Frida Khalo "gente na sala de espera"