A minha "burra" esteve sob ameaça de ser lançada janela fora se, até 13 de Maio deste ano, eu não a montasse. Nem foi montada até essa data nem lançada fora.
Lá me resolvi a tirá-la do estábulo onde se refugiou nos últimos 499 dias para a passear na marginal num belo domingo sem carros.
O passeio começou mais tarde do que o previsto. Tive de resolver um problema na pata dianteira, que foi solucionado depois de umas dezenas de bombadas.
O passeio correu bem e a “burra” portou-se à altura das solicitações da dona. Nas subidas andamentos mais leves e nas descidas a trote.
Os bichos têm destes feitios. Hoje estão bem, amanhã com a influência da lua e das hormonas, pregam-nos umas partidas.
Assim foi. Na vez seguinte, já não respondeu às bombadas. Não havia “burra” para ninguém.
Em defesa do animal e dos meus passeios, peguei na dianteira e dirigi-me para a loja do Viegas que foi quem ma vendeu. Estacionado o carro, saco da dianteira e avancei para a loja sem tirar os olhos da desgraçada que já tinha perdido o ar todo. Entro na loja e lembro-me de ter questionado sobre as remodelações que o Viegas lhe fizera. Uns animais de quatro patas acompanhados dos respectivos donos, as minhas sobrancelhas levantadas, o meu pensamento sobre o que teria dado ao Viegas para transformar a oficina numa veterinária para “burras”.
Uma voz que sobressai: “…Vem à procura do Viegas? Já não é aqui!”
Fiquei mais aliviada. O Viegas tinha-se reformado.
Lá me resolvi a tirá-la do estábulo onde se refugiou nos últimos 499 dias para a passear na marginal num belo domingo sem carros.
O passeio começou mais tarde do que o previsto. Tive de resolver um problema na pata dianteira, que foi solucionado depois de umas dezenas de bombadas.
O passeio correu bem e a “burra” portou-se à altura das solicitações da dona. Nas subidas andamentos mais leves e nas descidas a trote.
Os bichos têm destes feitios. Hoje estão bem, amanhã com a influência da lua e das hormonas, pregam-nos umas partidas.
Assim foi. Na vez seguinte, já não respondeu às bombadas. Não havia “burra” para ninguém.
Em defesa do animal e dos meus passeios, peguei na dianteira e dirigi-me para a loja do Viegas que foi quem ma vendeu. Estacionado o carro, saco da dianteira e avancei para a loja sem tirar os olhos da desgraçada que já tinha perdido o ar todo. Entro na loja e lembro-me de ter questionado sobre as remodelações que o Viegas lhe fizera. Uns animais de quatro patas acompanhados dos respectivos donos, as minhas sobrancelhas levantadas, o meu pensamento sobre o que teria dado ao Viegas para transformar a oficina numa veterinária para “burras”.
Uma voz que sobressai: “…Vem à procura do Viegas? Já não é aqui!”
Fiquei mais aliviada. O Viegas tinha-se reformado.
3 comentários:
Mas tu agora tens 2 burras, né?
Quer dizer, duas já tinha. Agora tenho três. Já viste a minha sorte???
pois são os subsídios da U.E., não é ?
Já nem as burras têm descanso !
Aturar as donas em dia de parvoeira sem carros !
COntudo, bela história e peripécia na Marginal da dona Caninas.
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